JAGUARÉ: Viver o Dia das Mães é como ter nas mãos um daqueles Álbum de Família. No início consideramos algo comum, que já conhecemos e passamos por isso várias vezes. Mas ao virar de cada página, ou ao se aproximar do segundo domingo de maio, uma torrente de emoções torna-se uma tsunami. Passamos a ter um turbilhão de memórias emoções daquela que nos gerou, que primeiro nos acolheu e foi marcando no fundo dos nossos corações o mais profundo sentimento de afeto, carinho e amor.
Ser Mãe: um processo de amadurecimento
Nesta linha, a mulher, agricultora e Mãe, Márcia Cordeiro Valiatti Simões, define a maternidade. Hoje, mãe de Arthur e Mauricio vive uma nova etapa nesta, que é ver os filhos voarem do ninho.
la conta que as gestações foram um período tranquilo e desejado. “E neste processo vem um amadurecimento muito grande. Passamos a deixar de se preocupar só conosco mesma para pensar nos outros” – contou.
Definiu ainda o processo de ser Mãe, como o baseado no exemplo, mostrando cada passo a ser dado. “Foi satisfatório poder acompanhar o processo de evolução, andar, falar, escrever… era meu desejo ver meus filhos crescendo saudáveis. Lembro de quando vi o Arthur andando pela primeira vez, foi como ver ele nascendo de novo’.
E como nas músicas, acontece na vida: ‘quando passarinhos cria azas ele quer voar… E chegou os dias de Arthur e Mauricio. “Mesmo sabendo que isso vai acontecer um dia, não foi tranquilo. A gente fica com um coração apertado… mas sempre confiante por saber que eles estavam indo atrás daquilo que eles queriam. Muita confiança nos filhos e em Deus” – expressou., lembrando que mãe sempre fica com o coração em alerta, ‘geralmente querendo ligar eles a cada cinco minutos’.
Marcia conta ainda que Pandemia veio ensinar a importância da flexibilidade e Paciência: “ela mudou muita coisa! Precisamos aprender a cada dia. E até um voltar para dentro de casa devido a Pandemia foi um novo aprendizado”, onde tínhamos que absorver a frustação do jovem que quer voar e precisa voltar. Um grande desafio”.
E ao lembrar de sua mãe, frisou a dificuldade de encontrar palavras, mas expressou como sendo a “a melhor pessoa do mundo… uma mulher que sempre tomou conta de mim, mesmo de longe. Deixou viver a vida, nunca prendeu. Me deixou viver. Fui doente na infância, mas nunca reclamou e sempre me deu força. Aprendi que os momentos difíceis passam e tudo vai dar certo. Minha mãe pra mim é uma fortaleza. Pra ela todas as homenagens e carinho”- destacou.
Um grande coração
Outra personagem deste nosso Álbum de família: Retratos do Dia das Mães – é mulher, batalhadora e mãe de cinco filhos: Gislene Correia Siriano. Carioca, e em Jaguaré desde 2014, conta que sempre ajudou o marido nas finanças de casa, sendo doméstica, motorista de transporte escolar no Niterói e hoje funcionária pública. Mãe de Julia, Lucas, Izabela, Lais, Davi lembra a tranquilidade das gestações e de ter enfrentado cesárias em cada uma delas.
Considera que educar hoje é fácil, sendo a maior dificuldade a violência que existe e a impossibilidade de se ter o controle. “Temos que mantê-los ocupados e sob grande vigilância. Acompanhar redes sociais, telefone, amigos e com quem anda. Temos que cobrar escola, igreja, e acompanhar onde for possível. Sempre cuidei de meus filhos e sempre trabalhei e cobrei que andem direito”- contou.
Ao lembrar de sua mãe, a classificou com a melhor mãe do mundo. “Aprendi a ser pessoa que eu sou. De conquistar meu espaço sem passar por cima de ninguém e isso tento passar para meus filhos” – contou.
Uma boa jornada!
Na primeira parte de nosso Álbum de família: Retratos do Dia das Mães convidamos a mulher, filha, esposa, mãe e (querida) professora Edina Sezari Oliosa Pariz. Ou, simplesmente, Tia Edina. Hoje aposentada, ainda exercia a profissão de professora particular até a disseminação da Pandemia da Covid-19.
Mãe de dois filhos, Carlos Silvestre e Silvan, conta que já trabalhava na época do primeiro filho, tinha 22 anos, quando veio o Silvan. “Fiz a escolha e tive a oportunidade de ficar um ano em casa para cuidar dele, algo muito gostoso, cada momento. Quatro ao depois veio o Carlos” – relatou, avaliando todo o processo como muito tranquilo, ‘até o momento que precisei começar a me ausentar de casa”.
Tia Edina ainda conta que gestação foi a moda antiga, sem tecnologia, sem ultrassom… ‘era na surpresa’. Onde o filho Silvan nasceu em Linhares e o Carlos Silvestre em Jaguaré.
A professora considera que todo o período de infância dos dois filhos foi muito tranquilo. Relata que ambos fizeram o fundamental em Jaguaré e o segundo grau já em São Mateus. “Começavam as idas e vindas… mas quando chegou o dia da faculdade, saíram e o ninho ficou vazio… é uma separação que dói muito. De repente começa aquele vazio dentro casa e trabalhamos para que ele não chegue no coração. As ligações eram de apenas uma vez na semana”- lembra.
Hoje, a mãe já é avó de Cecília…. “um anjo que foi muito esperada! Muito amada. Os pais estavam preparados e querendo. Foi tudo de bom, de alegria e de felicidade”.
Porém, pouco antes da celebração do primeiro aniversário da neta veio a Covid-19. “Vinheram aqui com ela bebezinha, tínhamos muito contato… e com Pandemia tudo isso foi mudado. Hoje o contato é por vídeo.. para se manter os laços… se não eles ficam fragilizados. E mesmo no vídeo ela já fala vovó, vovô e vai derretendo o coração. Não tem como, estamos perdendo este convivência e este afeto por causa da Covid.”- avalia. Porém ressalta que curtiu bastante até o um aninho, no Natal…. agora estamos a distância…. só em vídeo.
E como toda grande mãe, Tia Edina avalia que suas qualidades foram herdadas de sua mãe.
“Ela é a grande Rainha do Lar. É gente que gosta de receber gente. Muito acolhedora, falante, receptiva. Tudo que existe de bom posso falar dela. Tem um coração enorme… quem dera ser uma pouco do que ela é. Amo demais ela. E ela se atualizou, tem usado a tecnologia e tem mandado mensagens de vídeo e está conectado” – ressaltou, completando que bisavó também mantém contanto, por vídeo, com os três bisnetos… até a mais novinha … Cecília.
‘E deixo meu abraço, virtual, a todas as mães. Que mesmo a distância possam receber o carinho de seus filhos” – finalizou.
Parabéns a todas as Mães!!!