BRASILIA: Em resposta ao proposto pelo presidente, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, se posicionou sobre o assunto em suas redes sociais e se colocou a disposição para tratar do assunto, lembrando que quem define a política de preços dos combustíveis é o governo federal.
“Quem tem que tomar a iniciativa, quem é protagonista nesse episódio é o governo federal, que tem todos os instrumentos para debater e tomar medidas com relação a esse assunto. Mas, eu como governador do Estado tenho total interesse na redução do preço do combustível para o consumidor, então me coloco inteiramente a disposição para que de uma forma equilibrada, responsável com as contas públicas e com base técnica a gente possa discutir com o governo federal medidas que causem efeito no valor final dos combustíveis”, disse o governador.
As atitudes provocativas do presidente Jair Bolsonaro para com os governadores são uma maneira de o presidente sinalizar para suas bases. No episódio de hoje, a intenção principal talvez fosse falar, principalmente, aos caminhoneiros, categoria que tanto pressiona a federação quanto ao assunto.
O ICMS dos combustíveis é uma das principais fontes de receita para os Estados e a maioria deles se encontra em situação fiscal delicada, ou mesmo, enfrentado grave crise.
Segundo especialistas, a fala do presidente, como de praxe, é mais uma vez impensada e descabida. Definitivamente o proposto em seu desafio não sinaliza para a solução de nenhum problema, apenas criaria outros maiores diante da crise fiscal que muitos Estados enfrentam.
Ao ser questionado sobre o desafio do presidente aos governadores, o ministro Paulo Guedes não fez nenhum comentário. Certamente pensou em falar alguma coisa, dizer que não pode abrir mão de nenhuma fonte de arrecadação, mas decidiu por manter-se calado, apenas entrou no carro e seguiu para cumprir sua agenda.