
ES – JAGUARÉ: Durante a Feira Internacional do Café Conilon (FICC), que aconteceu em Jaguaré entre os dias 27 e 29 de novembro, o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) e a ES Gás anunciaram uma parceria estratégica para elevar o padrão de sustentabilidade, eficiência e qualidade na produção de café no Espírito Santo. O acordo foi formalizado no sábado (29), último dia da FICC, que reuniu produtores, especialistas e lideranças do setor para discutir os rumos do conilon capixaba.
As duas instituições atuarão em estudos conjuntos que incluem análise logística, avaliação de polos produtivos prioritários, estimativa de demanda, estruturação de projetos-piloto e engajamento de produtores, cooperativas e indústrias. A meta é construir uma solução madura, segura e escalável para todo o Estado.
A iniciativa nasce como resposta direta às novas exigências dos mercados nacional e internacional, que cobram cadeias produtivas cada vez mais sustentáveis, rastreáveis e competitivas. Um dos focos principais do projeto é modernizar o processo de secagem do café, etapa fundamental para garantir qualidade e valor agregado ao produto, que ainda enfrenta desafios em regiões que utilizam lenha como fonte energética.
A proposta é desenvolver um modelo de oferta de gás natural voltado especificamente à secagem do café, baseado em quatro pilares: infraestrutura logística, sustentabilidade ambiental, qualidade da bebida e ganho de escala e competitividade. “Quando falamos em sustentabilidade, o gás natural não é apenas uma solução energética, ele é um agente de transformação para o agronegócio capixaba e para o futuro do nosso estado. O gás natural viabilizará que o processo de secagem do café seja mais limpo, seguro e eficiente, garantindo controle preciso da temperatura e preservando a qualidade do café”, explica Fabio Bertollo, diretor-presidente da ES Gás.
Além de reduzir os impactos ambientais, o uso do gás natural melhora as condições de trabalho e a eficiência da secagem. A tecnologia diminui consideravelmente a fumaça e fuligem geradas pela lenha, reduzindo riscos e oferecendo precisão no controle térmico, resultando em uma secagem uniforme, com mais segurança e maior qualidade final do grão.
“Essa parceria representa um marco para a cafeicultura capixaba. Estamos falando de uma solução que alia tecnologia, sustentabilidade e competitividade, atendendo às exigências dos mercados mais sofisticados. Com o gás natural, nossos produtores poderão ter acesso a um processo de secagem mais eficiente e padronizado, capaz de elevar ainda mais a qualidade do café conilon do Espírito Santo e fortalecer sua posição no cenário nacional e internacional”, destaca Fabrício Tristão, presidente do CCCV.
A FICC, palco do anúncio, foi desenhada para conectar o Espírito Santo ao mercado global do café. Para o curador do evento, o analista de mercado Marcus Magalhães, a feira cumpre um papel decisivo na projeção internacional do conilon capixaba. “A internacionalidade tem duas faces: trazer o mundo para o Espírito Santo e levar o Espírito Santo para o mundo. Queremos mostrar a riqueza produtiva e cultural do nosso conilon e fixar a bandeira do café capixaba no cenário global”, reforça.
Realizada entre os dias 27 e 29 de novembro, no Parque de Exposições Alfeu Sossai, em Jaguaré, a FICC recebeu entre 20 e 30 mil visitantes e movimentou toda a cadeia produtiva do conilon. O evento reuniu cerca de 80 expositores, promovendo debates técnicos, concursos de qualidade, workshops, atrações culturais e iniciativas de agroturismo, consolidando o protagonismo capixaba no cenário nacional e internacional do café.












































