JAGUARÉ: Se aproximar do Dia das Mães é como ter nas mãos um daqueles Álbum de Família. No início consideramos algo comum, que já conhecemos e passamos por isso várias vezes. Mas ao virar de cada página, ou ao se aproximar do segundo domingo de maio, uma torrente de emoções torna-se uma tsunami. Passamos a ter um turbilhão de memórias emoções daquela que nos gerou, que primeiro nos acolheu e foi marcando no fundo dos nossos corações o mais profundo sentimento de afeto, carinho e amor.
E neste ano, de Covid-19, de isolamento, de distanciamento, de despedidas… o Jornal O Conilon, por meio de reportagens intituladas Álbum de família: Retratos do Dia das Mães trará relatos de mães que criaram, educaram e ainda acompanham cada passo de seus filhos e filhas (que na opinião de cada uma das entrevistadas…nunca cresceu o suficiente que não precise daquele olhar especial).
Uma boa jornada!
Nesta Parte I de nosso Álbum de família: Retratos do Dia das Mães convidamos a mulher, filha, esposa, mãe e (querida) professora Edina Sezari Oliosa Pariz. Ou, simplesmente, Tia Edina. Hoje aposentada, ainda exercia a profissão de professora particular até a disseminação da Pandemia da Covid-19.
Mãe de dois filhos, Carlos Silvestre e Silvan, conta que já trabalhava na época do primeiro filho, tinha 22 anos, quando veio o Silvan. “Fiz a escolha e tive a oportunidade de ficar um ano em casa para cuidar dele, algo muito gostoso, cada momento. Quatro ao depois veio o Carlos” – relatou, avaliando todo o processo como muito tranquilo, ‘até o momento que precisei começar a me ausentar de casa”.
Tia Edina ainda conta que gestação foi a moda antiga, sem tecnologia, sem ultrassom… ‘era na surpresa’. Onde o filho Silvan nasceu em Linhares e o Carlos Silvestre em Jaguaré.
A professora considera que todo o período de infância dos dois filhos foi muito tranquilo. Relata que ambos fizeram o fundamental em Jaguaré e o segundo grau já em São Mateus. “Começavam as idas e vindas… mas quando chegou o dia da faculdade, saíram e o ninho ficou vazio… é uma separação que dói muito. De repente começa aquele vazio dentro casa e trabalhamos para que ele não chegue no coração. As ligações eram de apenas uma vez na semana”- lembra.
Hoje, a mãe já é avó de Cecília…. “um anjo que foi muito esperada! Muito amada. Os pais estavam preparados e querendo. Foi tudo de bom, de alegria e de felicidade”.
Porém, pouco antes da celebração do primeiro aniversário da neta veio a Covid-19. “Vinheram aqui com ela bebezinha, tínhamos muito contato… e com Pandemia tudo isso foi mudado. Hoje o contato é por vídeo.. para se manter os laços… se não eles ficam fragilizados. E mesmo no vídeo ela já fala vovó, vovô e vai derretendo o coração. Não tem como, estamos perdendo este convivência e este afeto por causa da Covid.”- avalia. Porém ressalta que curtiu bastante até o um aninho, no Natal…. agora estamos a distância…. só em vídeo.
Coração de ouro
E como toda grande mãe, Tia Edina avalia que suas qualidades foram herdadas de sua mãe.
“Ela é a grande Rainha do Lar. É gente que gosta de receber gente. Muito acolhedora, falante, receptiva. Tudo que existe de bom posso falar dela. Tem um coração enorme… quem dera ser uma pouco do que ela é. Amo demais ela. E ela se atualizou, tem usado a tecnologia e tem mandado mensagens de vídeo e está conectado” – ressaltou, completando que bisavó também mantém contanto, por vídeo, com os três bisnetos… até a mais novinha … Cecília.
‘E deixo meu abraço, virtual, a todas as mães. Que mesmo a distância possam receber o carinho de seus filhos” – finalizou.