JAGUARÉ: A Secretaria Municipal de Educação de Jaguaré realiza uma pesquisa on-line sobre o retorno às aulas presenciais. A intenção é ouvir pais e responsáveis sobre a possibilidade de retorno ainda este ano. A SEME ressalta que a pesquisa possui caráter técnico e que o retorno às aulas respeitará apenas critérios estritamente de saúde e definidos pelas autoridades competentes. As aulas presenciais estão suspensas em todo o Estado do Espírito Santo até o dia 30.09. A pesquisa pode ser realizada até esta sexta-feira, 18.09, o linke está sendo disponibilizado pelas unidades de ensino.
A pesquisa pede uma identificação simples do estudante e da escola em que está matriculado. Em seguida os responsáveis devem responder se concordam com um retorno às aulas presenciais. Devem ainda mencionar de concordam com o regime de alternância entre os estudantes ou se pretendem aguardar a produção de uma vacina (distribuída pelo Sistema Único de Saúde – SUS) para permitir o retorno.
A família ainda é questionada sobre o que impediria o envio do estudante às aulas presenciais. Pode ser selecionado o medo da contaminação acontecer no trajeto casa/escola pelo transporte escolar, pela contaminação dentro da escola, por morar com pessoa de grupo de risco ou pelo estudante ser de grupo de risco. A família ainda pode selecionar se nada a impediria de permitir o retorno às aulas presenciais.
A pesquisa pode ser realizada até esta sexta-feira, 18.09, e possui apenas caráter técnico e que o retorno às aulas respeitará critérios estritamente de saúde e definidos pelas autoridades competentes.
Entenda o que aconteceu nas escolas que reabriram em outros países
Um estudo conduzido por médicos do Brasil avaliou a situação de países onde as atividades presenciais já foram retomadas, e indica os riscos e benefícios da volta às aulas nas escolas. A proposta do levantamento, segundo os especialistas, é contribuir para o debate sobre o assunto, considerando os indicadores da Covid-19
O grupo de estudos, que tem como um dos coordenadores o ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde Wanderson Oliveira, analisou a situação em 17 países, entre os quais o vizinho *Uruguai*. Por lá, as escolas ficaram fechadas durante 93 dias. A suspensão das atividades presenciais ocorreu em 14 de março, um dia imediatamente após a confirmação do primeiro caso de Covid-19.
O processo de retomada começou em 1º de junho, com as turmas do terceiro ano do ensino
URUGUAI: Entre as principais medidas de controle no Uruguai estão aferição de temperatura na entrada da escola, horários escalonados, jornada de quatro horas, presença facultativa, lavagem das mãos e uso de álcool para limpeza. A curva de óbitos após a reabertura das escolas já esteve mais baixa, porém o pico foi anterior à liberação do funcionamento das instituições.
DINAMARCA: país europeu pesquisado que menos tempo ficou com as escolas fechadas (30 dias), começou a reabrir em 15 de abril com as turmas do primeiro ciclo do ensino fundamental. Apenas três dias depois, foram os alunos do fundamental 2 e 1ª série do ensino médio. E, no final daquele mês, o restante das turmas.
Entre as medidas adotadas para controlar a disseminação da doença estão o limite de até 10 alunos por sala de aula, distanciamento mínimo de dois metros, uso de máscaras e ônibus com apenas um estudante por fileira. Desde a reabertura, a curva de óbitos tem caído.
ALEMANHA: A decisão pelo fechamento das escolas ocorreu quase dois meses após o registro do primeiro caso de infecção no país. Passou 68 dias sem atividades presenciais, e o processo de retomada começou em 4 de maio, com o ensino médio. Mais de um mês depois, voltaram a funcionar as creches e pré-escolas, e somente agora, em agosto, as demais instituições.
Naquele país, entre as medidas de prevenção estão a autoaplicação de testes pelos alunos para verificação de sintomas, distanciamento superior a 1,5 metro, uso de máscaras e etiqueta da tosse, higienização das mãos e limpeza diária dos ambientes. A curva de óbitos teve um ligeiro crescimento após o início da reabertura, mas depois seguiu em queda constante.
BÉLGICA: A decisão pela reabertura das escolas ocorreu quando o número de mortes já havia reduzido significativamente. Os belgas mantiveram as instituições de ensino fechadas por 67 dias, e a volta às aulas começou no dia 18 de maio, com os anos finais do ensino fundamental I e II, o equivalente a 5º e 9º anos no Brasil.
Quase um mês depois, no dia 8 de junho, foram liberadas a pré-escola e as demais séries do fundamental. Não há informação sobre a retomada do ensino médio, mas, atualmente, todos os colégios estão abertos. Por lá, as salas só podem ter até 10 alunos, o distanciamento mínimo é de dois metros e, para quem frequenta o ambiente escolar, tem que ser feita aferição de temperatura, higienização frequente das mãos e uso de máscara.
FRANÇA: A volta também foi autorizada quando o número de óbitos apresentava indicadores equivalentes aos do início da pandemia no país, e bem distante do pico. No país, após 56 dias, os primeiros autorizados a retornar às aulas foram das turmas de pré-escola e ensino fundamental, em 11 de maio. Depois de pouco mais de um mês, em 22 de junho, o restante dos estudantes.
Nas instituições francesas, os recreios são realizados em grupos fixos, as refeições são feitas em sala de aula e há escalonamento. As máscaras são obrigatórias apenas para funcionários, mas também há regras para distanciamento (no mínimo 1 metro) e higienização.
ISRAEL: O fato de não ter estabelecido medidas de biossegurança, inclusive com remoção da obrigatoriedade do uso de máscaras, levou o país a fechar novamente as escolas num intervalo de menos de dois meses. O fechamento inicial ocorreu em 12 março e a reabertura, em 11 de maio, sem escalonamento. No dia 6 de julho, as instituições de ensino voltaram a ter as atividades presenciais interrompidas, situação que permanece até hoje. O número de óbitos voltou a crescer.